quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O ano que mudou a minha vida para SEMPRE!

Terminei os primeiros 6 meses deste ano a desejar que "os próximos 6 meses corram tão bem ou melhor que estes últimos 6, algo impossível difícil de acontecer mas já acreditei menos em milagres..." e a verdade é que não só correu igualmente bem como ainda melhor!

Aprendi várias coisas neste ano. Nestes últimos 6 meses aprendi que as pessoas não são perfeitas nem nunca serão, e por isso, não faz muito sentido exigir que o sejam. Engane-se quem achar que com isto quer dizer que vou deixar de ser exigente com as amizades que faço, apenas digo que tenho lugares na minha vida para preencher, com requisitos indispensáveis que não vou deixar de procurar preencher com alguém que os queira preencher mas também não faz muito sentido deixar de aceitar amigos com base nesses critérios porque a verdade é que cada pessoa tem algo a oferecer e cada um dá o que consegue. Apesar disto, não quer também dizer que vou oferecer de volta mais do que me dão, aprendi que devo balançar aquilo que dou com o que recebo e da mesma forma que começo por dar tudo na expectativa de tudo receber devo também adaptar aquilo que dou àquilo que recebo de forma a equilibrar a balança. No seguimento desta aprendizagem descobri então que a minha felicidade depende da colectânea de pessoas que preenche cada um dos vazios que tenho. Pessoas essas que fizeram parte do sucesso e da felicidade deste último ano que passou e que se renova no dia 12 de Setembro.

Não vou especificar nenhuma pessoas neste texto (porque o vou dizer pessoalmente a cada um delas) mas quero agradecer a todas elas a parte que contribuíram para a minha felicidade e as lições que eu aprendi com cada uma delas:

Aprendi que (decididamente) as aparências iludem e se não fosse já uma pessoa que não olha às aparências tinha perdido a oportunidade de te conhecer. Tinha perdido a oportunidade de conhecer alguém verdadeiramente interessado na minha amizade e interessado em estar comigo, em ouvir-me, em acreditar em mim, em confiar nos meus conselhos, em admitir os teus defeitos sem problemas. Obrigado por entrares na minha vida e espero que te sintas igualmente feliz por fazer parte da tua vida! :)

Aprendi que existem pessoas emocionalmente saudáveis e sem pudor em admitir o quanto se gosta um do outro. E como nem tudo é bom, aprendi também que ninguém é perfeito e que possivelmente a perfeição nalguns aspectos é devida as imperfeições noutros aspectos. Para quem já estava céptico quanto a capacidade de haver algum ser humano disponível para explicitar o sentimento mútuo sem medo de ser magoado, porque na grande maioria das pessoas o medo de se magoar é maior que a coragem de deitar cá para fora o sentimento... Obrigado por me teres mostrado que essas pessoas existem e espero que sejas feliz da forma como és ;)

Aprendi que amar alguém é também ser capaz ver para além dos defeitos e saber interpretar de forma positiva aquilo que ao olho nu parece ser algo negativo. Não é preciso ouvir aquilo que queremos ouvir para saber que nos querem bem, é preciso também saber que se preocupam mesmo quando a mensagem é a pintura mais negra dos acontecimentos. Cada pessoa tem a sua forma de mostrar a amizade e preocupação, até mesmo porque nem sempre estão tão errados quanto isso nas suas previsões. Obrigado por fazeres parte da minha vida e apesar de muitas vezes sentir que não me deixas fazer mais por ti, espero que saibas que eu estarei sempre aqui para ti da mesma forma que estava quando te conheci, desde que descobri as tuas virtudes e os teus defeitos, nada disso mudou o que sinto e farei por ti, quando estiveres disposta a isso. (estarei sempre contigo, simbolicamente no teu pulso :p )

Aprendi que o passado faz parte de mim, tanto o positivo e negativo, mas rejeito o negativo pois não me faz falta. Aprendi que o que retrospectivamente parece ser, após uma análise superficial, um momento menos feliz da minha vida, é na verdade a memória duma altura feliz, dum tempo para ser recordado pelo que significou na altura e toda a felicidade que daí adveio. Obrigado por todos os momentos de felicidade que me deste e espero que tenha sido igualmente importante para ti como outrora me disseste que sim. Estarei aqui para ti sempre que precisares, sempre com um ombro amigo onde chorar.

Aprendi que a idade nada diz sobre a mentalidade das pessoas e que da mesma forma que eu sempre fui demasiado velho para a idade cronológica que tenho também existem pessoas que são novas para a idade cronológica que têm. Obrigado por fazeres parte da minha vida e sabe que estimo muito a tua amizade e todas as conversas que temos.

Aprendi que por mais que algumas pessoas me magoem existem duas pessoas que são o meu porto seguro, são quem me abriga nas tempestades, quem está lá sempre para receber as minhas lágrimas de desilusão e mágoa. Obrigado por estarem lá sempre que eu preciso, sem vocês não sei como é que eu me safava!

Aprendi que os amigos não escolhem um lugar "apropriado", simplesmente acontecem. Não interessa como as coisas começaram nem onde começaram, a verdade é que as pessoas transcendem os lugares e as conversas mudam mas a sinceridade é a de sempre e arranjam-se sempre desculpas para passar algum tempo juntos. Obrigado por fazeres parte da minha vida e mesmo sem o dizer explicitamente acho que sabes que eu estou aqui para quando precisares e vê lá se aprendes a gerir o teu tempo melhor que isto de não fazeres nada enquanto tas a estagiar não tem piada nenhuma :p

Aprendi que os amigos nem sempre começam por ser amigos, por vezes começam por ser alguém do passado distante que se transforma em alguém do presente e do futuro. Aprendi que as oportunidades surgem e que é preciso ter sorte para voltar a encontrar as pessoas na altura certa com a disponibilidade certa para que as coisas aconteçam e perdurem para além do início. Obrigado por nos termos descoberto um ao outro passados todos estes anos e que esta amizade perdure para sempre com novas colaborações sempre que possível com a dupla maravilha eheh.

Aprendi que algumas amizades nunca deixam de ser o que foram, por mais tempo que se passe sem falar. O que importa nessas amizades é a conjugação de duas pessoas que ,independentemente do contacto pessoal nada regular, estão e estarão para sempre na vida um do outro pelos os momentos que passaram e pelos momentos que irão certamente voltar a acontecer quando as circunstâncias assim o permitirem e o tempo for o ideal! Obrigado por tudo o que já me deste, que acredita ser suficiente para alimentar a minha amizade por ti para sempre pois os efeitos irão para sempre marcar-me positivamente e fazem da minha adolescência um período mais risonho de recordar.

Aprendi que não é preciso ter alguma coisa em comum para sermos amigos de alguém, apenas é preciso ter em comum o sentimento de amizade e de companheirismo. É preciso apenas saber ouvir e dar alguma perspectiva quando necessário. Algumas amizades ultrapassam barreiras maiores que as físicas e é exactamente a falta duma necessidade de coisas em comum que demonstra a força da nossa amizade. Temos um passado repleto de histórias, um presente e teremos mais que tudo um futuro juntos pela nossa frente! Obrigado pela tua amizade e não é preciso dizer nada mais porque não há nada mais que precise de ser dito.

Aprendi que não é a distância que impede as amizades de acontecer, que impede a influência positiva, mas sim a vontade. Existem duas pessoas que mesmo não estão fisicamente comigo me ajudaram sempre que eu tinha algum drama ou dilema para resolver. Quem acha que os videojogos são uma perda de tempo não conhece as pessoas que eu conheço e que tanto aprecio por serem mais verdadeiras que muitos "jogadores" da vida real, que jogam com os sentimentos das pessoas sem qualquer pudor. Tenho orgulho em dizer que no mundo virtual os conheci mas foi no mundo real que eles fizeram a diferença e foram eles que muitas vezes ouviram e ajudaram com os meus problemas mesmo não estando lá fisicamente. Obrigado por tudo e da mesma forma que me ajudaram eu estou aqui para quando precisarem de qualquer coisa <3

Aprendi que nem tudo vem das pessoas que esperamos e que por vezes é de quem menos esperamos que mais recebemos! por isso há que estar atento e valorizar as pessoas pelo que nos dão dando também nós tanto quanto nos é dado. Cada pessoas tem as suas necessidades sociais e mesmo não te conhecendo há tanto tempo quanto isso revelaste ser das pessoas que mais me deu sem nunca negar o que te pedi. Por tudo o que já me deste e certamente me darás futuramente, obrigado! e já sabes que eu estarei sempre disponível para ti da mesma forma que tu estás para mim :)

Em termos académicos as coisas não correram tão bem como no primeiro semestre mas as circunstâncias e atenuantes não eram os mesmos e como tal não se podia esperar melhores ou iguais resultados. Apesar disso, continuo a não estar completamente satisfeito comigo mesmo e vou continuar a esforçar-me para melhorar cada vez mais e atingir os objectivos que pretendo atingir. Os mínimos foram atingidos, estou licenciado e recuperei um ano da minha vida além de ter recuperado algum sentido de objectivo a longo prazo que estava faltando na minha vida.

Estaria a mentir se dissesse que achava que as coisas iriam ficar por aqui mas como os amigos nunca são demais, existem vazios que ainda tenho por preencher e novas amizades se perspectivam, parece-me que o próximo ano tem tudo para melhorar tanto em termos quantitativos como qualitativos! por isso anseio pelo futuro e tudo o que ele me reservar aceitarei de braços abertos :)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Como eu adoro pessoas que afirmam que só namoram com alguém que conhecem bem! como se isso fosse alguma vez possível realmente, como se apenas as pessoas que conhecemos mal é que são capazes de nos magoar... são essas pessoas que depois se queixam de afinal não conhecerem as pessoas e que elas mudaram! ai como me rio com cenas destas.

Afinal o que é preciso para conhecer bem alguém? Há quem diga que para conhecer alguém é preciso estar com essas pessoas diariamente ou regularmente, pessoalmente. Uns dizem que para conhecer alguém é preciso saber os seus defeitos e os seus segredos, haver partilha etc. Outros afirmam que são as duas coisas e outros ainda dizem que nunca será possível conhecer verdadeiramente alguém e que nem nós próprios nos conhecemos tão bem como pensamos...

Opiniões? Eu dou a minha pessoal. Eu em todas as minhas relações pessoais tento ser o mais transparente possível para que seja o mais fiel possível à imagem que tenho de mim próprio, defeitos e virtudes, que mais tarde ou mais cedo o saberiam de qualquer forma por isso não me vale de nada andar a perder o tempo das pessoas se não gostarem de mim como sou também não vale a pena eu perder muito tempo com elas, win win situation... Quanto tempo é preciso para conhecer alguém? Para mim o tempo (1 mês, 1 semana ou um dia) é algo que nada me diz quanto a conhecer alguém, a única coisa que faz andar mais ou menos depressa o conhecimento de alguém varia com a abertura e disponibilidade em partilhar os seus pensamentos mais profundos sem inibição. Conheci a pessoa mais maravilhosa de sempre em 2 dias... pelo menos o que importava de facto conhecer, a verdadeira essência dela, pormenores históricos vão-se contando lol. Mas claro, outras pessoas demoram mais tempo a revelar-se completamente ou quase e não há mal nenhum nisso mas a moral da história é que isso de "ah e tal só te conheço há 3 meses e mal te conheço" é tanga se à partida já se sabe a essência da pessoa, coisa que só demora mais por fobias aprendidas com relações falhadas ora transformadas em medo de se ser rejeitado... Digo eu de que... mas já agora gostava de saber da vossa opinião sff

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Usar a Comunicação para... bem... comunicar?!

Soluções para resolver problemas Sociais:
A mais usada é o desprezo. Não queres enfrentar alguém ou simplesmente queres ignorar alguém e fingir que essa pessoa não existe? Desprezo é o método preferido.
Gostas de alguém e não sabes se essa pessoa gosta de ti? ou então gostas de alguém mas achas que essa pessoa está com outra pessoa mas não tens a certeza? A solução mais utilizada é ficar calado e esperar que um dia por mero acaso as coisas aconteçam ou então que descubram que afinal essa pessoa não andava com ninguém e perderam a oportunidade que tiveram com essa pessoa.
Gostavam de alguém mas afinal esse alguém agora anda com outra pessoa e agora não sabem o que fazer com o sentimento com que ficaram? A solução é ser-se ressabiado e cada vez que virem essa pessoa agem como se tivessem desfeito o vosso coração.

Acho mesmo muito engraçado que nenhuma das soluções seja comunicarmos uns com os outros... Não percebo porque temos uma lingua comum se não a usamos para comunicar o que sentimos e o que queremos.
Percebo que seja difícil confiar nos outros e que todos nós temos medo de sermos magoados mas o medo não está lá para nos impedir de fazer alguma coisa, o medo está lá para ser ultrapassado! Porque na verdade as melhores experiências que temos na vida são precedidas de medo, medo de não estar certo, medo de ser magoado, medo de magoar, medo de viver... mas a verdade é que só ultrapassando esse medo podemos alguma vez aspirar a viver completamente, pois foram aqueles que ultrapassaram o seu medo de não serem correspondidos que tiveram sucesso! São aqueles casais que viveram felizes para sempre porque não tiveram medo de dizer "eu amo-te"! Mesmo tendo sido negadas várias vezes esse amor recíproco anteriormente. Foram essas mesmas pessoas que tentaram mais uma vez, com medo mas sem hesitar, encontrar alguém amasse tanto como eles.

Então eu pergunto... se queres ser feliz, porque raio não abres a boca para o dizer e arriscar??

quarta-feira, 7 de março de 2012

Máscaras...

As pessoas criam personagens que interpretam de forma brilhante, alguns, e outros nem tanto. Uns porque não gostam de si próprios, outros porque gostam que os outros gostem deles, depende das suas necessidades. Mas todos sem excepção usam uma, quer queiram quer não. Porque se não usares máscara corres o risco de expor a tua verdadeira face e depois apanhas um escaldão.

A vida ensina-nos que não podemos confiar em ninguém porque se confiarmos demasiado em alguém mais cedo ou mais tarde vão nos foder e não é no bom sentido. Confiar em alguém é um risco, confiar em muitas pessoas é estupidez, pura e simples.

Para quê magoar-nos se podemos evitar algo tão desagradável? Não confiamos em mais ninguém e o problema tá resolvido. Afinal quem precisa de qualquer outra pessoa quando somos donos e senhores da razão? Ou existe alguém no mundo que verdadeiramente ache que não tem razão em tudo o que diz? Não sejam hipócritas por favor...

Muitas pessoas nem a si próprios mostram a sua verdadeira face porque é demasiado doloroso perceber o quão imperfeitos somos, quanto mais a outras pessoas. É mais fácil viver uma boa mentira que uma péssima verdade. Mas não fiquem preocupadas essas pessoas porque existem situações em que é melhor viver na ignorância e essa é uma delas. Continuem com a máscara posta que eu prefiro não conhecer o vosso verdadeiro eu.

Existem gostos para tudo no que toca a pessoas e ao que elas gostam nas outras pessoas, por isso eu vou dizer que o que eu vou dizer a seguir não se aplica a todas as pessoas, felizmente. Muitas pessoas não são capazes de aguentar uma boa dose de honestidade e sinceridade. Não conseguem lidar com a fragilidade e imperfeição deles próprios, quanto mais das outras pessoas. Vivem apaixonadas por algo que não existe, uma máscara, a deles ou a dos outros, tanto faz. Outras pessoas não conseguem lidar com a emoção e com a falta de racionalidade, ou melhor, a falta de máscara, porque se sentem vulneráveis, como se isso não fizesse parte da condição de TODOS nós. Como se houvesse uma pessoa no mundo que nunca se sentiu insegura, sem alguma vez ter duvidado de si mesma ou daquilo em que acredita. 

Eu deixo uma pergunta para pensarem um pouco sobre isso. 
Já alguma vez sentiste uma verdadeira conexão com outra pessoa sem completa sinceridade reciproca?
Quem já tiver sentido esta sensação sem ter sido completamente sincero que atire a primeira pedra... porque eu não vejo como isso será algum dia possível, tal como não percebo o trauma de infância que leva certas pessoas a preferir viver várias ilusões do que arriscar a viver algo verdadeiro e sentido.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Limites, aqueles que eu não imponho a mim próprio...

Um dos poucos erros de que me arrependo de ter cometido foi um dia ter-me limitado a mim próprio. Ter-me convencido a mim próprio que não era capaz, capaz de ser mais do que era, limitado. Conclusão: perdi tempo precioso da minha vida sendo o meu próprio inimigo e mais do que isso foi provavelmente a altura em que eu fui mais triste, não porque algum de mau aconteceu mas mais porque nada aconteceu...

É incrível o que acontece quando perdemos o medo de falhar, medo de sermos menos do que pensámos ser ontem.
Desde criança que nos é ensinado que existe a forma correcta e a forma incorrecta de fazermos as coisas. A verdade é que isso é uma mentira. Se ao invés nos tivessem dito que tudo o que fazemos num momento leva ao momento seguinte, ou seja, que para cada acção existe uma consequência, que não é boa nem má mas sim parte de quem se é.
Eu sou quem sou devido às decisões que tomei. Poderia dizer que seria um ser humano melhor se tivesse tomado algumas decisões diferentes, não seria assim tão longe da verdade dizê-lo mas não acredito nisso. Não acredito nisso porque se é verdade que ainda me lembro dos "erros" que cometi na minha vida, também é verdade que sem esses "erros" eu não seria uma pessoa tão consciente de mim e de quem sou.

Eu duvidei de mim, eu duvidei dos outros. Senti por várias vezes que não fazia parte deste mundo porque afinal se mesmo dando o meu melhor em todos os momentos da minha vida isso não chegava para ser feliz alguma coisa estaria mal e se não era culpa de outrem certamente seria minha...
E foi então que descobri que em vez de me limitar a mim próprio com medos de não ser suficientemente bom, deveria baixar as expectativas quanto às outras pessoas, porque muita da minha infelicidade interna é causada pelo meu princípio moral de igualdade em que supostamente somos todos iguais, com os mesmos direitos e deveres, com os mesmos desejos, com as mesmas expectativas... algo que não é verdade porque se assim fosse a vida seria aborrecida ahah

E bem já me perdi nas palavras como sempre. Vou terminar dizendo que eu sou quem sou e mais do que achar que sou dos melhores seres humanos que pela terra vagueiam, sei que o sou de facto. Chamem-lhe falta de modestia ou de humildade mas cada vez mais são as outras pessoas que me fazem sentir assim. Felizmente que vão existindo algumas pessoas que baixam o meu nível de complexo de Deus para me manter preso ao chão. Por vezes deixo-me levar pelo entusiasmo de ainda não ter sido levado ao limite das minhas capacidades e sabe bem lembrar-me que não sou perfeito, sou bom (tenho de manter o nível de confiança alta!) mas não tanto.

Não se limitem a vocês próprios, deixem a vida mostrar-vos até onde conseguem ir e lembrem-se que no fim o que interessa é sentirem-se bem com vocês próprios por isso dêem o vosso melhor sempre que independentemente das decisões que tomem, serão sempre as melhores ;)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Acreditar no impossível...


É possível. Acreditar que tudo pode mudar dum momento para o outro acontece. Mas acontecer de facto (que se lixe o acordo ortográfico, ninguém consultou antes de aceitar tal acordo por mim) é outra história. A história que vos conto hoje poderá ser fantástica mas como ainda não houve um final feliz prefiro não dizer mentiras mesmo que mais tarde não o seja. O que vos posso dizer é que desde o dia 12 de Setembro que a minha vida virou 180º para o sentido correcto, porque na verdade eu estava em sentido contrário na auto-estrada antes desse dia. Tudo corria mal e apenas parecia piorar. E isto apenas aconteceu por mera sorte e coincidência, porque nem eu próprio acreditei quando vi o resultado duma candidatura a qual eu resolvi candidatar por mero descargo de consciência (ah e tal pelo menos tentei lol). Então mas que tanto bem adveio dessa mudança (de faculdade)? Quanta mudança é possível acontecer dum evento tão banal? Não é propriamente o euromilhões mas para mim quase que foi, mesmo sem eu o saber ao principio...
Serviu-me desde logo para reafirmar a burrice consecutiva dos meus 4 anos anteriores perante mim próprio, como se fosse preciso um génio para o perceber, mas de forma a evitar cometer os mesmos erros visto estar a ter uma nova oportunidade de corrigir alguns desses erros. Serviu também para constatar que mesmo mudando de faculdade não deixei de ser mais ou menos inteligente (por comparação), dúvida que me deixou por alguns momentos pensar que não era tão inteligente como todas as pessoas que desde a minha 1ª classe convenientemente me impingiram como sendo (um trauma meu para dizer a verdade, nunca façam isto a uma criança!).  Mais importante do que me sentir inteligente de novo foi ter-me sentido desafiado e motivado para ser melhor do que era ontem (aplicável a qualquer dia). Não que tenha algo a provar a alguém que não a mim próprio porque eu sou o meu pior crítico, o que por vezes pode ser chato porque é dificil ignorar-me a mim próprio... 
Outra coisa que aprendi foi que por mais que eu ache que sei tudo e mais alguma coisa, esse é um pensamento errado e que até mesmo eu que sou o maior cínico quanto a sinceridade das pessoas, apesar de esperar sempre o melhor delas, até eu posso estar errado e de facto existir alguém possível de se ligar connosco a outro nível completamente à parte. Existem coisas que nos transcendem (eu não sou religioso nem nada parecido lol), que não têm qualquer explicação coerente além do sentimento, que só sentindo é que se percebe o que é realmente sentir "aquilo" que não se consegue explicar por palavras. Conheci alguém que me encheu o coração e por coração entendo aquela metáfora que trata o coração como fonte de amor e altruísmo (não paixão nem atracção), não da qualidade que temos pelas pessoas que nos são mais próximas como os pais, irmãos, mas na mesma quantidade. Senti a ausência da barreira psicológica que nos impede de contar os nossos segredos mais profundos, aqueles que até de nós próprios escondemos... aqueles que nos deixam vulneráveis e angustiados mas que com aquela pessoa faz sentido partilhar, porque mais do que serem parecidos connosco são nós, noutro corpo, noutra mente, sem medo de ser julgado nem criticado porque sei que essa pessoa nunca me irá magoar conscientemente e todos os desentendimentos que hajam serão ultrapassados porque não passam disso mesmo, desentendimentos (fugazes no tempo, efémeros na história, perdidos na cronologia...).

Mas bem, resumindo, voltei a ter o controlo que desejava da minha vida e se falhei antes por não ter cumprido o plano por mim estabelecido, desde Setembro que as coisas têm corrido até melhor que as expectativas. Consegui tirar uma média de 17,5 este semestre. Nada mau para alguém que teve parado um ano sem estudar e supostamente veio para um sítio com avaliações mais difíceis (supostamente lol). Mesmo assim fiquei chateado, sabe-se lá porquê... mas eu sou assim, se era possível melhor não faz muito sentido para mim ficar satisfeito com menos, defeito de fabrico ou virtude para alguns. Consegui ser o menino querido de alguns professores (sim porque para mim não basta ter a melhor nota da turma, tenho de dar espectaculo!), o que me abriu algumas portas e digamos a verdade eu sou daquele tipo desprezível de pessoas que gosta de mostrar que sabe mais que os outros e que mata por um elogio do professor, parcialmente correcto visto não fazer de propósito para desvalorizar as outras pessoas mas por comparação é normalmente isso que acaba por acontecer normalmente :(
Conheci a "tal" pessoa especial e conheci mais um punhado de pessoas que eu qualifico como boas pessoas por serem fixes e decentes em comparação com a maioria das outras pessoas não-fixes e estúpidas diga-se de passagem, e vão assim mantendo a minha esperança na raça humana.
Entretanto surgiram algumas oportunidades mais cedo do que o esperado mas bem vindas! como ter conhecido algumas pessoas que irão ajudar a realizar o meu sonho, ir para os EUA e quem sabe deixar de ser pobre que ser pobre em termos monetarios é como ter um Lamborghini (outro sonho meu) e não ter combustível para ir viajar (outro sonho) pelo mundo inteiro!

Espero que os próximos 6 meses corram tão bem ou melhor que estes últimos 6, algo impossível difícil de acontecer mas já acreditei menos em milagres...

Moral da história: Algumas oportunidades caem do céu mas se não as soubermos aproveitar dando sempre o nosso máximo, nunca saberemos até onde somos capazes de ir. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Orgulho Na Amizade!

Quando os momentos são os piores é que se vê quem é amigo verdadeiro, mas eu não precisava de momentos maus para saber que tenho quem me ame, de amizade, incondicionalmente! Mas é sempre bom ver algo que sentimos transformado em palavras, escritas ou faladas.
Nunca pensei que num momento estaria a chorar de tristeza para no momento imediatamente a seguir estar a chorar baba e ranho de alegria! Mas a verdade é que aconteceu mesmo. Nunca chorei tanto na minha vida, não daquela forma. Quem estava na sala de espera das urgências devia pensar que a minha mãe tinha morrido só pode loool
Quem disse que os amigos têm de estar sempre lá para ser importantes? se houve algo que me surpreendeu foi a forma como mesmo sem falarmos durante bastante tempo, quiçá demasiado tempo, conseguimos fazer "click", como se nos falássemos todos os dias. Devo dizer que estava na expectativa, não por mim, mas porque o ser humano consegue surpreender-me, mesmo quando menos espero, neste caso, felizmente, positivamente.
Existe algo mais lindo que alguém ter orgulho em nós?? Quando sabemos que não foi dito da boca para fora? Da boca de alguém que nós é tão querido? Vai ser difícil arranjar uma sensação que suplante o que eu senti naquele momento...
Há quem diga que a minha vida foi difícil mas eu não acho que isso seja verdade. Difícil seria se não tivesse os amigos que tenho hoje. Com amigos destes tudo se torna fácil! Tudo o que sempre quis foi sentir-me realizado pessoalmente, e parte dessa realização é ter com quem contar (fdx já tou a chorar outra vez), é ter amigos verdadeiros! Quem me conhece verdadeiramente sabe que eu não sou pessoa de fazer amizades com qualquer pessoa, não porque não consiga, mas porque não quero ninguém na minha vida que não mereça todo o amor que tenho para dar. Desde sempre (quem me conhece desde criança) que lutei, não por ser popular e amigo de toda a gente, mas ser amigos de poucos e bons! Foi difícil durante a minha adolescência não ter, até ao secundário, alguém que me aceitasse, compreendesse, que visse para além do meu aspecto exterior ou da minha popularidade. Felizmente que encontrei alguém no secundário que acreditou em mim, na pessoa que eu era e sou, naquilo que realmente importa, cá dentro! Essa pessoa deu-me o que eu precisava, deu-me a confiança que eu tanto precisava para saber que estava no caminho certo para me tornar na pessoa da qual eu me orgulho tanto de ser hoje! Eu sei que para ti não foi mais do que ser meu amigo e olhar para além do meu aspecto, mas senti ti não seria o que sou hoje e por isso te agradeço do fundo do meu coração! <3
Depois disso as coisas melhoraram e encontrei mais pessoas dignas da minha amizade felizmente. Nesse aspecto sinto-me praticamente realizado e anseio por um futuro repleto de momentos inesquecíveis com todos os meus amigos actuais e futuros. Sem os meus amigos eu não seria nada, por mais forte que seja, e sou, sei perfeitamente que parte de mim é vosso, pertence-vos! Eu dou TUDO pelos meus amigos verdadeiros, aqueles que me dão exactamente o mesmo que eu ofereço. Alguém disse que o preço da amizade é nada mais nada menos que a reciprocidade, eu concordo! Dá-me tudo e terás a minha vida ao teu dispor, nada mais simples.
Só tenho uma vida neste Mundo, e posso dizer que cometi os meus erros e certamente a minha vida poderia ter sido mais facilitada se não os tivesse cometido, mas posso dizer que já conquistei coisas que nenhum dinheiro do mundo poderia comprar, como tal, se morresse hoje, morreria FELIZ! Vou tentar aproveitar mais os amigos que tenho e tentar proporcionar momentos inesquecíveis sempre que possível, para que no dia em que eu desaparecer, haja algo para lembrar naqueles que ficam...

Peço desculpa este texto emocionado mas é a emocionar-me que eu sei que há razões para continuar a lutar por algo melhor, para mim e para os que a mim me dizem algo!
Eu tenho orgulho nos meus amigos e tu, podes dizer o mesmo?
Muito ficou por dizer, muito não tem palavras para descrever e muito não precisa de palavras! <3<3<3<3

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tanto Amor Para Dar e Ninguém Para o Receber...

...é como eu me sinto hoje. Sinto como que tivesse perdido uma batalha, uma batalha por uma oportunidade para amar. Sinto-me vazio de tanto que tenho para dar mas que ninguém quer receber. É nestes momentos em que eu duvido de mim próprio, se realmente sou quem penso que sou... pois se fosse qual é a probabilidade de ninguém querer o que eu tenho para dar? Não sei... arrisco dizer que cada vez perco mais a esperança de encontrar alguém que me perceba.
A frustração bate à porta e eu abro essa porta, pois ao menos terei companhia para chorar. O próximo convidado deverá ser o Desespero, esperemos que não chegue a esse ponto, mas já esteve mais longe...
Se eu pudesse e se eu tivesse uma mota, a esta hora estaria pela linha de Cascais a desfrutar da viagem, mas como não tenho uma mota, fico em casa a imaginar essa miragem... e que saudades me deixa essa viagem...
Cada pessoa tem os seus problemas e não se deve comparar problemas como se fosse algo estático que tivesse o mesmo valor para todos nós. Para mim nada me faz mais confusão que não saber o que pensar. Detesto não saber o que fazer. Pareço uma barata tonta que não sabe para onde se irá virar a seguir, pois nem sei sequer quais os caminhos que posso seguir. Quem me conhece sabe que eu tenho sempre uma palavra a dizer mas neste caso, estou perdido, completamente.
Posso pedir ajuda? Agradecia algum apoio e de um ombro para chorar sff, como quem pede um café...
Sim, também tenho problemas, ao que parece sou humano... Dói-me a perna e dói-me o coração, os médicos não sabem o que tenho na perna e eu não sei sequer se tenho coração?! Neste momento só sei que nada sei...

domingo, 22 de maio de 2011

Eu Sou Egoísta Por Pensar Nos Outros!

Peço desculpa mas a verdade é que eu sou egoísta por pensar nos outros!
O quê? Paradoxal? Não é nada... se pensarmos um bocadinho quando fazemos algo por alguém, regra geral, fazemos-o pela nossa amizade por essa pessoa. Não pela pessoa em si mas pelo que sentimos por ela! Não estou a dizer que o fazemos por interesse próprio, no sentido dum altruísmo reciproco, em que implicitamente esperamos algo em troca, mas sim porque essa ligação existe faz com que seja do nosso próprio interesse que a mantenhamos. Eu falo por mim quando digo que são importantes para mim as ligações que eu tenho, porque eu quero e dou importância, e não porque alguém seja mais importante que a minha própria pessoa, pois se eu não me amar a mim primeiro... quem amará??
(Espero que não tenham ficado confusos pois eu misturei conceitos que para vocês podem ter um significado diferente... se tiverem dúvidas perguntem e não especulem lol btw Pensa Original! By Me xD)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Surfar as Ondas!


Por vezes temos de nos deixar ir e aproveitar a "onda", de preferência a certa xD
Não saber para onde se vai é melhor do que o próprio caminho, e digo o por experiência própria, perder-me em Lisboa é o mais divertido hobby que se possa imaginar, parece que tou num país longínquo =D

Amabilidade - Teoria Big Five

Bem, vamos no 4º capitulo desta teoria.

Amabilidade é a tendência para ser agradável e hospitaleiro em situações sociais. Reflecte-se na preocupação em ser cooperativo e socialmente harmonioso. As pessoas que tenham resultados altos nesta dimensão da personalidade são empáticas, atenciosas, amigáveis, generosas, e prestáveis. Também partilham uma visão positiva da natureza humana. Tendem a acreditar que a maioria das pessoas são honestas, decentes, e de confiança.

Pessoas que tenham resultados baixos nesta dimensão são, normalmente, menos preocupadas com o bem-estar dos outros, reportam menos empatia, e, portanto, menos dispostas a ajudar os outros. O seu cepticismo acerca da motivação das outras pessoas pode levá-las a desconfiar das pessoas e ser menos amigável. As pessoas com resultados muito baixos tendem a ser manipuladoras nas suas relações sociais. Mais facilmente competem que cooperam.

A amabilidade é a dimensão que tens o grupo de traços mais especifico e interligados entre si, no sentido em que alguém que se preocupa com os outros, normalmente, tende a cooperar, ajudá-los, e confiar nos outros.

Relações Interpessoais

A Amabilidade é uma ferramenta útil nas mais variadas situações sociais. As pessoas "amáveis" tendem para gostar dos outros e vê-los como positivos, enquanto que os "antipáticos" classificam as outras pessoas negativamente.
Um estudo descobriu que as pessoas "amáveis" são mais emocionalmente sensíveis  nas situações sociais. Este efeito foi medido tanto em auto-questionários como fisiologicamente, e contribui para a teoria de que a Extraversão e o Neuroticismo não são as únicas dimensões a influenciar a emoção.

Esta pesquisa também mostrou que as pessoas "amáveis" conseguem mais facilmente controlar emoções negativas como a raiva em situações de conflito. Essas pessoas tendem a usar tácticas construtivas quando em conflitos com os outros, enquanto pessoas "antipáticas" mais facilmente usam tácticas coercivas.
As pessoas "amáveis" também estão mais disponíveis para "perder" um argumento com pessoas que são menos amavéis. Na sua perspectiva, não perderam um argumento mas sim manteram uma relação social.

Comportamento Pro-Social

Uma característica principal da Amabilidade é a sua correlação positiva como altruísmo e com o comportamento de ajuda. Enquanto que a maioria das pessoas mais facilmente ajuda um familiar, ou quando os níveis de empatia são previamente estimulados socialmente, os "amáveis" facilmente ajudam alguém mesmo quando essas condições não estão presentes. Basicamente não precisam de mais motivação que a auto-motivação.

Enquanto que as pessoas "amáveis" habitualmente ajudam as outras pessoas, as pessoas "antipáticas" tendem a mais facilmente prejudicar os outros. Investigadores descobriram que níveis baixos de Amabilidade estão associados com pensamentos hostis e agressão nos adolescentes, assim como desajustamento social.
Mais facilmente estigmatizam grupos sociais vulneráveis como os obesos.



Quando a doença mental está presente, as pessoas "antipáticas" podem associar o narcisismo e tendências anti-sociais. Em teoria os indivíduos que são demasiado "amáveis" têm problemas de dependência, mas os estudos mostraram que muitos mais problemas resultam de serem demasiado "antipáticos".

Eu pessoalmente sou uma pessoa amigável. Amigável no sentido em que eu penso genuinamente no que os outros querem e precisam, sem segundas intenções. Não ajudo indiferenciadamente, tento perceber quem realmente precisa de ajuda. Se me pedirem ajuda, eu ajudo, mas só ajudo quem realmente precisa, pois não gosto de ser usado e abusado da minha boa vontade. Aprendi com alguns erros.
Eu acredito nas pessoas até me provarem que não são de confiança, tanto através de actos como de palavras. Mesmo dessas pessoas que traíram a minha confiança, tento não guardar qualquer rancor. Acredito genuinamente que independentemente de me terem feito mal, não o fizeram com maldade pura, apenas pensaram em si próprias.
Quando estou numa discussão com alguém, tento perceber o que a outra pessoa está a sentir, e quais as suas motivações. Desta forma consigo gerir a discussão de forma a poder ajudá-la e evitar que prejudique essa pessoa psicologicamente falando. Não largo a minha razão, já fui pior, mas já aprendi a controlar esse defeito. Tento não ser tão taxativo quanto à inexorabilidade dos meus argumentos LOL e vá digo que é apenas a minha opinião e o que eu penso, e que posso tar errado, apesar de não pensar mesmo isso.
Faz-me verdadeiramente impressão a estigmatização dos grupos sociais que são prejudicados e vitimas e bullying nas escolas do nosso país e certamente em todo o mundo. Não vou dizer que enfrento as pessoas que o fazem tipo super homem mas certamente não o faço eu próprio! Dependendo da situação e da pessoa chamo a atenção para que do outro lado está um ser humano, com sentimentos e que merece ser respeitada...

E bem já tava a divagar lol espero que tenham gostado e comentem...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dedicatória a uma Amiga Verdadeira

Existem amigos e depois existes tu!
Fizemos o caminho inverso do normal mas foi o caminho nós percorremos. Sou feliz por te ter encontrado, por ter encontrado um pedaço da minha felicidade. Ainda estou a juntar todas as peças mas posso dizer que já tenho uma amiga para toda a minha vida. Sabes que podes contar comigo para o que der e vier. Quero-te na minha vida, quero estar na tua vida sempre. Quero estar lá para te apoiar, tal como espero que estejas sempre cá para me apoiar e que sejas o meu ombro para eu poder chorar. Quero poder proteger-te, aconselhar-te, acompanhar-te para onde quer que vás. Quero amar-te como amigo, como o teu melhor amigo, aquele a quem tu podes sempre contar tudo e confiar os teus segredos. Quero confiar-te os meus segredos, pois não há nada que eu te queira esconder.
Fico triste sempre que penso em ti. Triste porque estás longe de mim. Estás e estarás sempre no meu coração onde quer que estejas fisicamente mas não poder falar contigo e estar contigo simplesmente deixa-me triste...
Não és como ninguém que eu conheço. És a melhor pessoa no mundo e espero que todas as pessoas que consideras teus amigos saibam bem a pessoa que és! E que te valorizem pelo que és. Pois nada me deixa mais chateado do que não teres o que mereces, o melhor de tudo, de todas as pessoas.
Esta declaração de amizade é para que todos saibam a pessoa maravilhosa que és e o orgulho que tenho em fazer parte da tua vida, para sempre espero eu, pois que tu o sabes já eu sei mas fica aqui por escrito o que eu sinto por ti Bruxinha@@
(Já agora menciono que só o original é verdadeiro e como tal peço que caso queiram seguir o meu exemplo, tal como eu segui o exemplo de outra pessoa, o façam com as vossas palavras, verdadeiras)

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Verdadeiro Amor Existe?


Eu deparei-me a pensar sobre o que era feito do icon a que se chama Cavalheiro para realizar que hoje em dia não passa duma utopia pensar, que é valorizada uma pessoa nobre, honesta e altruista. Como é que é possível alguém valorize algo que não tem? Como é que alguém consegue admirar alguém sem que se possa considerar igual, sem se auto destruir por não conseguir ser honesta e altruista como um cavalheiro? O que dar a alguém a quem nada temos para oferecer? Ninguém é perfeito, certo? ou errado? Partimos do principio de que somos humanos logo erramos, uma dedução lógica e vá correcta visto ser isso que nos define. Mas o facto de sermos humanos dá-nos menos direitos de exigirmos alguém o mais perfeito possível? É-nos menos direito exigir alguém melhor que nós? Eu não acho. Eu não acho porque na verdade alguém melhor que outra pessoa não existe. Como é que quantificamos e classificamos alguém como sendo melhor ou mais que nós próprios? Se partirmos do pressuposto que existe alguém que é melhor que nós, temos também de assumir que a sua vida tem mais valor que a nossa... e será isso justo? Não, não é.
Hoje descobri que não é o facto de sermos mais ou menos perfeitos que nos vai aproximar mais da verdadeira felicidade. A verdadeira felicidade não é alcançável através de melhorias. Porque todos nós somos humanos e porque todos nós somos, acima de tudo, diferentes. E para cada peça de um puzzle tão grande como toda população humana, existe pelo menos uma peça que encaixa... haverá também alguém que me completa, alguém diferente, nem melhor nem pior.
Existe algo que me deixa ou deixava relativamente perplexo, que é o facto de pessoas "melhores" não terem o que merecem ou não conseguirem ser felizes como certas pessoas "menos" merecedoras conseguiram... simplesmente nunca me pareceu justo. Pelos vistos o mundo não é de facto um lugar onde haja algo chamado justiça...
Este facto não põe em causa tudo aquilo que eu acredito mas certamente que me deixa um peso em cima. Sinto que tenho de lutar por o que me é de direito por ajudar a que haja justiça neste mundo governado pelo Caos em que está. O simples facto de existirmos não devia ser considerado um direito mas sim uma oportunidade que nos é dada para deixar uma marca que perdure no tempo, que faça diferença, que torne a justiça numa realidade.

Eu quando era pequeno pensava que a diferença entre ser-se feliz e infeliz era ser-se mais ou menos perfeito. Nunca pensaria eu estar tão certo e tão errado ao menos tempo.
Existem dois tipos de felicidade: existe aquela felicidade que apenas nós próprios conseguimos sentir e que apenas depende da nossa auto realização; e existe a outra que apenas pode ser obtida através das outras pessoas, à qual eu apelido de "verdadeira" felicidade no sentido em que não está nas nossas mãos e como tal 
é pura e verdadeira, e não uma ilusão que nos mostramos a nós próprios. O significado de alguém gostar de nós como somos é o de sentirmos que não estamos realmente sós neste mundo. É sentir que um pedaço de nós não está em nós como corpo e mente, mas sim nessa outra pessoa.
Eu sei que isto já foi dito por muitas pessoas mas a verdade é que nós só podemos amar alguém depois de nos amarmos a nós próprios. Não é possível amar alguém sem que antes nos amemos a nós próprios, sem saber o que é o orgulho e o amor.
Isto vai parecer estúpido mas eu amo-me a mim próprio LOL pelo que sou hoje e tenho orgulho no que me tornei. Eu neste momento considero-me o cavaleiro montado no seu cavalo branco, pronto para encontrar a sua cinderela. Não procuro alguém melhor ou pior que eu, apenas quero alguém que me ame pelo que sou e que aceite um pedaço de mim para sempre.

Voltando para o assunto original, será que alguém valoriza os ideais que o cavalheirismo defende? no que toca ao altruismo e honestidade... entre outros adjectivos que caracterizam o ideal do ser humano perfeito. Até que ponto isso faz alguma diferença? Não sei sinceramente... porque até agora não tenho muitas provas disso mas eu aprendi que só pode alguém apreciar algo do que conhece pois o que desconhece nada lhe diz acerca do verdadeiro significado de algo que pese embora estar à sua frente tudo pode significar sem o adequado contexto. Resumindo: só alguém que valorize os mesmos ideais que eu compreenderá o meu ser e mais que tudo poderá apreciar e amar quem eu sou... por isso não estou mais preocupado em responder à questão "Será que existe alguém que me ama pelo que sou?" mas sim ansioso quanto ao "quando" isso irá acontecer. Eu irei remanescer fiel a mim próprio e o momento de ser totalmente feliz chegará mas cedo que eu próprio poderei antecipar. Até lá espero por ti cinderela...

quarta-feira, 9 de março de 2011

O Fado...


































Decide por mim,
O que eu não posso decidir.
Condena-me a assistir
Ao meu próprio fim.
Fim de um conto de fadas,
Ou de um filme de terror?
Esperemos então as badaladas,
Seja qual fim for...
Para esta história de encantar.
Este delírio de amar,
Que comigo irá acabar,
Mais cedo ou mais tarde.
Alenta o meu coração que arde,
Arde intensamente.
Consome-me a cada dia que passa,
Desfia-me silenciosamente,
Até desvanecer...
E consumir o meu ser.
Maldito sejas Fado,
Por quanto me fazes sofrer,
Sem que nada tenha feito por merecer,
Tamanha injustiça.
Até parece enguiça!
Aquilo que me persegue,
Mas nunca me encontra.
Felicidade estou aqui,
Á tua espera eternamente...
Ou até quando o coração aguentar
Tudo o que passo até te encontrar.
De ti não vou desistir,
Mas já começo a desesperar,
E por vezes encontro-me a duvidar,
Se realmente existes...
Ou se não me queres encontrar...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Depressão, Algo passageiro ou veio para ficar?

Antes de mais quero referir que a depressão é um assunto que tem demasiadas ramificações para poder incluir todas neste tópico. Eu vou referir especialmente a depressão como Estado e como Traço da personalidade de cada um de nós. Vou também explorar a diferença entre homens e mulheres na expressão da depressão no comportamento.


Uma definição geral da Depressão e os seus sintomas.

Significados do termo “depressão”
O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s). Os sentimentos de tristeza e alegria colorem o fundo afectivo da vida psíquica normal. A tristeza constitui-se na resposta humana universal às situações de perda, derrota, desilusão e outras adversidades. Cumpre lembrar que essa resposta tem valor adaptativo, do ponto de vista evolucionário, uma vez que, através da retracção, poupa energia e recursos para o futuro. Por outro lado, constitui-se como sinal de alerta, para os demais, de que a pessoa está precisando de companhia e ajuda. As reacções de luto, que se estabelecem em resposta à perda de pessoas queridas, caracterizam-se pelo sentimento de profunda tristeza, exacerbação da atividade simpática (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_simp%C3%A1tico) e inquietude. As reações de luto normal podem estender-se até por um ou dois anos, devendo ser diferenciadas dos quadros depressivos propriamente ditos. No luto normal a pessoa usualmente preserva certos interesses e reage positivamente ao ambiente, quando devidamente estimulada. Não se observa, no luto, a inibição psicomotora característica dos estados melancólicos. Os sentimentos de culpa, no luto, limitam-se a não ter feito todo o possível para auxiliar a pessoa que morreu; outras ideias de culpa estão geralmente ausentes. Enquanto sintoma, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de stress pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações stressantes, ou a circunstâncias sociais e económicas adversas.
Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite). Finalmente, enquanto doença, a depressão tem sido classificada de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista adoptado. Entre os quadros mencionados na literatura actual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da ciclotimia, etc.

Aspectos gerais
Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes relatam a sensação subjectiva de tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas actividades em geral e a redução do interesse pelo ambiente. Frequentemente associa-se à sensação de fadiga ou perda de energia, caracterizada pela queixa de cansaço exagerado. Alguns autores, enfatizam a importância das alterações psicomotoras, em particular referindo-se à lentificação ou retardo psicomotor. Este tópico será abordado mais detidamente no item referente à conceituação da “melancolia”. No diagnóstico da depressão levam-se em conta: sintomas
psíquicos; fisiológicos; e evidências comportamentais.

Sintomas psíquicos
• Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimentos de culpa.
Os pacientes costumam aludir ao sentimento de que tudo lhes parece fútil, ou sem real importância. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir alegria ou prazer na vida. Tudo lhes parece vazio e sem graça, o mundo é visto “sem cores”, sem matizes de alegria. Em crianças e adolescentes,
sobretudo, o humor pode ser irritável, ou “rabugento”, ao invés de triste. Certos pacientes mostram-se antes “apáticos” do que tristes, referindo-se muitas vezes ao “sentimento da falta de sentimentos”. Constatam, por exemplo, já não se emocionarem com a chegada dos netos, ou com o sofrimento de um ente querido, e assim por diante. O deprimido, com frequência, julga-se um peso para os familiares e amigos, muitas vezes invocando a morte para aliviar os que o assistem na doença. São frequentes e temíveis as ideias de suicídio. As motivações para o suicídio incluem distorções cognitivas (perceber quaisquer dificuldades como obstáculos definitivos e intransponíveis, tendência a superestimar as perdas sofridas) e ainda o intenso desejo de pôr fim a um estado emocional extremamente penoso e tido como interminável. Outros ainda buscam
a morte como forma de expiar as suas supostas culpas. Os pensamentos de suicídio variam desde o remoto desejo de estar simplesmente morto, até planos minuciosos de se matar (estabelecendo o modo, o momento e o lugar para o acto). Os pensamentos relativos à morte devem ser sistematicamente investigados, uma vez que essa conduta poderá prevenir actos suicidas, dando oportunidade ao doente de se expressar a esse respeito.
• Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das actividades, antes consideradas como agradáveis. As pessoas deprimidas podem relatar que já não se interessam pelos seus passatempos predilectos. As actividades sociais são frequentemente negligenciadas, e tudo lhes parece agora ter o
peso de terríveis “obrigações”.
• Fadiga ou sensação de perda de energia. A pessoa pode relatar fadiga persistente, mesmo sem esforço físico, e as tarefas mais leves parecem exigir esforço substancial. Lentifica-se o tempo para a execução das tarefas.
• Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões. Decisões antes quase automáticas parecem agora custar esforços intransponíveis. Um paciente pode se demorar infindavelmente para terminar um simples relatório, pela incapacidade em escolher as palavras adequadas. O curso do pensamento pode estar notavelmente lentificado. Professores experientes queixam-se de não conseguir preparar as aulas mais rotineiras; programadores de computadores pedem para ser substituídos pela actual “incompetência”; crianças e adolescentes têm queda em seus rendimentos escolares, geralmente em função da fatigabilidade e défice de atenção, além do desinteresse generalizado.

Sintomas fisiológicos
• alterações do sono (mais frequentemente insónia, podendo ocorrer também hipersonolência). A insónia é, mais tipicamente, intermediária (acordar no meio da noite, com dificuldades para voltar a conciliar o sono), ou terminal (acordar mais precocemente pela manhã). Pode também ocorrer insónia inicial.
Com menor frequência, mas não raramente, os indivíduos podem se queixar de sonolência excessiva, mesmo durante as horas do dia.
• alterações do apetite (mais comummente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite). Muitas vezes a pessoa precisa esforçar-se para comer, ou ser ajudada por terceiros a se alimentar. As crianças podem, pela inapetência, não ter o esperado ganho de peso no tempo correspondente. Algumas
formas específicas de depressão são acompanhadas de aumento do apetite, que se mostra caracteristicamente aguçado por carboidratos e doces.
• redução do interesse sexual

Evidências comportamentais
• afastamento social
• crises de choro
• comportamentos suicidas
• Retardo psicomotor e lentificação generalizada, ou agitação psicomotora. Frequentemente os pacientes se referem à sensação de peso nos membros, ou ao “manto de chumbo” que parecem estar carregando. Em recente revisão da literatura sobre os estados depressivos, o item “retardo psicomotor” foi o denominador
comum, em nove sistemas classificatórios, como traço definidor da melancolia. Na Austrália, Gordon Parker e colaboradores propuseram, para o diagnóstico da melancolia, um sistema baseado não em “sintomas” (subjectivos), mas em “sinais” (características objectivas, observáveis): o sistema “core”, que tem sido cada vez mais utilizado pelos pesquisadores nessa área. Na França, Daniel Widlöcher e colaboradores, na Salpêtrière, desenvolveram uma escala especificamente destinada a medir o retardo psicomotor (“échelle de ralentissement dépressif” da Salpêtrière). Deve-se ainda lembrar, no diagnóstico das depressões, que algumas vezes o quadro mais típico pode ser mascarado por queixas proeminentes de dor crónica (cefaléia, dores vagas no tórax, abdómen, ombros, região lombar, etc.). A ansiedade está frequentemente associada. Em idosos, principalmente, as queixas de carácter hipocondríaco costumam ser muito comuns.

Alterações dos rimos circadianos (ritmos biológicos que têm a ver com o ciclo dia/noite)
Muitas funções circadianas encontram-se alteradas nas depressões, a exemplo da regulação da temperatura e do ritmo de produção do cortisol. Entre as alterações mais conspícuas estão aquelas relacionadas ao ritmo do sono. Segundo Akiskal, cerca de dois terços dos pacientes deprimidos têm diminuição da latência para o início do sono REM (“Rapid Eyes Movements” ou Sono Profundo). As formas ditas “melancólicas” da depressão caracterizam-se, entre outros aspectos, pela piora matinal e pelo despertar precoce pela manhã.

Características melancólicas
O termo “melancolia” tem sido empregado, nas actuais classificações (como o DSM IV, Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais), para designar o subtipo anteriormente chamado de “endógeno”, “vital”, “biológico”, “somático” ou “endogenomorfo” de depressão. Considerado por muitos como o “protótipo” ou síndrome nuclear das depressões, a melancolia – ao contrário de outras formas de depressão – parece constituir-se em um grupo mais homogéneo, que responde melhor a tratamentos biológicos, e para o qual os factores genéticos seriam os principais determinantes. Parker e cols. chamam a atenção para a importância das alterações psicomotoras na melancolia, para eles a principal característica desse quadro nosológico (sintomático). O conceito de melancolia no DSM-IV foi revisto, em relação ao do DSM-III-R, tornando-se mais preciso e definindo com mais rigor no subgrupo aqui estudado. Testes biológicos, como, por exemplo, o teste da supressão do cortisol pela dexametasona, são mais frequentemente positivos nos quadros melancólicos do que em outros tipos de depressão.


Características psicóticas
Cumpre lembrar que o termo “psicótico”, origem de tantas controvérsias em psiquiatria, tem três significados distintos: 1. significado meramente descritivo, quando designa, por exemplo, quadros psiquiátricos onde ocorrem alucinações e delírios;
2. significado etiológico, quando designa quadros endógenos (determinados por tendências constitucionais do indivíduo), em contraposição àqueles determinados por factores psicogénicos;
e 3. significado que alude à gravidade (ou intensidade) do quadro.
As actuais classificações, fugindo de preconceitos etiológicos, utilizam o termo psicótico apenas em sentido descritivo. Assim, a expressão designa, nesse contexto, aquelas formas de depressão onde ocorrem delírios e alucinações. Admite-se que essas formas cheguem a 15% dos quadros depressivos.

Os delírios depressivos considerados congruentes com o humor incluem delírios de culpa, de punição merecida, delírios de ruína e delírios nihilistas (que podem configurar a síndrome de Cotard, quando incluem negação de órgãos e negação da morte). Na depressão delirante as pessoas podem interpretar eventos triviais do cotidiano como evidências de defeitos pessoais, ao tempo em que se culpam de forma indevida e francamente inapropriada. Um paciente, por exemplo, culpava-se pela morte de um desconhecido, cujo caixão passou pela sua rua; outra, uma senhora de meia idade, julgava ser a responsável pela paralisação das obras de uma ponte em sua cidade. Mais comummente, no entanto, o paciente recua no tempo, com a finalidade de se acusar por supostos delitos ou atos culposos do passado, remoendo escrúpulos indevidos.

Os temas de ruína, quando delirantes, apresentam-se, de acordo com Bleuler, como: ruína do corpo (delírios hipocondríacos: a pessoa acredita, por exemplo, estar com o fígado “apodrecido”, ou com determinados órgãos “tomados pelo cancro”); ruína espiritual (delírios de culpa, com acusações por faltas ou pecados cometidos); e ruína financeira (delírios que envolvem temas de pobreza e miséria). A “escolha” do tema faz-se, certamente, em consonância com as características da personalidade do paciente.
Por outro lado, podem ocorrer temas delirantes, aparentemente sem relação com o humor depressivo.
Os delírios incongruentes com o humor incluem temas de perseguição, e delírios de estar sendo controlado (estes, comumente associados a fenómenos “schneiderianos” de inserção e irradiação de pensamentos). Quando presentes, esses fenómenos incongruentes com o humor associam-se a um pior prognóstico, avizinhando-se, não raramente, dos estados ditos “esquizoafetivos”.
As alucinações que acompanham os estados depressivos, quando presentes, são em geral transitórias e não elaboradas. Costumam ser, mais comumente, coerentes com o humor depressivo: vozes que condenam o paciente, maldições do demónio, choro de defuntos, etc. Mais raramente, ocorrem alucinações não congruentes com o humor (sem relação aparente com os temas depressivos). As formas mais severas de
depressão psicótica foram descritas por Kraepelin com o nome de “melancolia fantástica”. Nessa forma aparecem intensos delírios e alucinações, alternando-se estados de violenta excitação com estados estuporosos, a par de leve obnubilação (estreitamento) da consciência (essas formas são hoje dificilmente encontradas).

Depressões catatónicas
Diz-se que uma depressão tem características catatónicas quando o quadro clínico se caracteriza por intensas alterações da psicomotricidade, entre as quais: imobilidade quase completa, actividade motora excessiva, negativismo extremo, mutismo, estereotipias, ecolalia ou ecopraxia, obediência ou imitação automática. A imobilidade motora pode se apresentar como estupor (o chamado “estupor melancólico”) ou ainda por catalepsia (flexibilidade cérea). Impõe-se aqui o diagnóstico diferencial cuidadoso, com a catatonia induzida por condição médica geral (por exemplo, encefalopatia hepática), por drogas ou medicamentos, e com a esquizofrenia catatónica. Cumpre notar que, nos tempos actuais, é muito raro encontrar-se um verdadeiro “estupor melancólico”. As facilidades de diagnóstico e de tratamento quase sempre impedem a progressão a essas formas mais graves, que ainda em passado recente (particularmente antes da introdução do eletrochoque) ameaçavam a vida dos pacientes. Em pessoas jovens, o aparecimento de acentuada lentificação psicomotora e de formas subtis de estupor é quase sempre indicativo de doença bipolar, que frequentemente acabará se manifestando mais tarde através de fases maníacas.


Depressões crónicas (distimias)
As depressões crónicas são geralmente de intensidade mais leve que os episódios de depressão maior. Mais que o humor francamente deprimido, os pacientes com depressão crónica (distimia) sofrem por não sentir prazer nas actividades habituais, e por terem suas vidas coartadas por uma espécie de morosidade irritável.

Depressões atípicas
Originalmente criado na Inglaterra, e posteriormente desenvolvido pelo grupo da Universidade de Columbia, em Nova York, o conceito de depressão “atípíca” refere-se (de modo muito típico) àquelas formas de depressão caracterizadas por: reactividade do humor, sensação de fadiga acentuada e “peso” nos membros, e sintomas vegetativos “reversos” (opostos aos da depressão melancólica), como aumento de peso e do apetite, em particular por carboidratos e hipersonia. Além disso, descreve-se como característica constante das pessoas sujeitas a esse tipo de depressão um padrão persistente de extrema sensibilidade à percepção do que consideram como rejeição por parte de outras pessoas. Episódios com características “atípicas” são mais comuns nos transtornos bipolares (I e II), no transtorno depressivo com padrão sazonal.

Sazonalidade
Especialmente no hemisfério norte, onde as estações do ano são bem definidas, verifica-se com clareza que algumas formas de depressão acentuam-se ou são precipitadas de acordo com um padrão sazonal; mais comumente as depressões desse tipo ocorrem no outono e no inverno. Muitos desses pacientes têm fases hipomaníacas na primavera, sendo classificados como do tipo bipolar II (depressões maiores e hipomania). Frequentemente esses pacientes apresentam algumas características sobrepostas às da “depressão atípica”: fadiga excessiva, aumento do apetite (em particular por carboidratos) e hipersonolência. O DSM-IV inclui o
“padrão sazonal” como um especificador do tipo de depressão estudada.

Após uma definição do conceito de depressão passemos a explicar a depressão em termos de Personalidade, como algo inerente a nós próprios, ou algo que é simplesmente decorrente de uma causa exterior como um evento traumático, por exemplo, uma separação amorosa.

Alguns autores defendem que a Personalidade é composta por traços. Traços esses que predizem a probabilidade de contrair uma depressão severa, alta ou baixa mas nunca deixa de existir essa possibilidade, de qualquer um de nós apanhar uma depressão. Assim existem pessoas que por muito pouco ficam depressivas e outras que apenas algo bastante forte ficam depressivas. Os traços são a componente biológica e genética que nos é transmitida à nascença. As condições ambientes, são os eventos sociais e culturais que podem potenciar, ou não, o desenvolvimento da depressão. Ou seja, independentemente da tendência para desenvolver a depressão, se não for acompanhada de circunstâncias potenciadoras de depressão, dificilmente será desenvolvida a depressão para algo mais severo que as fases depressivas ligeiras que todos nós experimentamos durante a nossa vida. Existe uma parte que podemos controlar, essas circunstâncias potenciadoras de depressão, e as que não conseguimos controlar, a parte inata, pertencente ao nosso património genético.
De qualquer forma, um evento traumático forte deixa qualquer um de nós depressivo, mas a forma como lidamos como esse evento determina se desenvolvemos ou não uma depressão severa.


As mulheres e os homens lidam de forma diferente com a depressão, expressam-se de forma diferente, e até o tratamento eficaz é diferente entre homens e mulheres e até mesmo durante periodos diferentes da vida, como é o caso da mulher.
As mulheres exprimem a depressão através duma "melancolia fixa" enquanto que os homens costumam expressar a depressão através da "raiva" e "irritabilidade", existindo por vezes uma confusão com a frustração generalizada e inquietude, impedindo que esta doença seja diagnosticada e tratada como doença que é.
A diferença entre homens e mulheres a nivel das doenças mentais tem sido negligenciada, talvez numa tentativa de não discriminar mas a verdade é que as mulheres e os homens são diferentes, tanto a nível cultural como a nível cerebral estão estruturados de forma diferente.
Um exemplo da "má" discriminação de géneros é o facto de a própria definição de depressão ser a que mais expressão e visibilidade tem, neste caso o da mulher. Este facto explica-se pela maior incidência da depressão entre as mulheres do que nos homens. Podendo neste caso argumentar-se, e com razão, de que as mulheres procuram ajuda especializada mais do que os homens. Aliás até existe uma expressão que diz "as mulheres procuram ajuda, os homens morrem", isto porque a taxa de suicídios nos homens é 4 vezes superior à da mulher. "O homem não tem depressão" é um mito, e há que desmistificar esta situação sob pena de que mais vidas se percam por não haver sensibilidade para este fenómeno na população masculina, muitas vezes mascarada por estes sintomas ligeiramente diferentes dos da mulher e da concepção geral sobre o que é a depressão e os seus sinais. Por vezes a própria cultura impede o homem de expressar a "tristeza" que caracteriza a depressão nos seus moldes mais comuns, sendo que optam por formas diferentes de expressão.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a depressão é a doença mental mais comum no mundo inteiro, sendo que estimadamente 150 milhões de pessoas sofrem desta doença. Sendo que devemos ter em conta que este número será mais do que provável de ser inflacionado tendo em conta a tal falta de sensibilidade para factores culturais e de género sexual.
Uma das razões que contribuiu para que houvesse uma centralização na depressão tipicamente feminina é o facto de as mulheres sofrerem em relação aos homens, 2 vezes mais desta doença.
A diferença entre homens e mulheres é criada também biologicamente, no sentido em que as próprias hormonas sexuais, estrogénio e testosterona, determinam o sexo e o desenvolvimento neuronal das mulheres e homens respectivamente. Ou seja, a exposição às hormonas criam diferenças no cérebro, o que por sua vez cria diferenças na forma como reagem, por exemplo, os medicamentos e mesmo a forma como as doenças mentais afectam cada um dos sexos.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, tanto os homens como as mulheres produzem ambas as hormonas, claro que predominantemente a mulher estrogénio e o homem testosterona, sendo que a quantidade de hormonas produzidas varia de acordo com a idade, principalmente na mulher mas também no homem. Exemplo disso é a descida na produção de estrogénio na mulher aquando da menopausa e a descida não tão acentuada da produção de testosterona no homem, denominada de andropausa. No ciclo de vida a produção aumenta na puberdade e a partir daí a produção vai descendo até à acentuada descida já mencionada.
Nos homens, a testosterona, durante a infância, faz com que fiquem mais sensíveis aos stresses ambientais, ficando assim mais vulneráveis à depressão. Nas mulheres, o estrogénio, durante a adolescência, faz com que os níveis de cortisol (hormona do stress) aumentem e interfiram com o normal desempenho da serotonina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Serotonina), o que expõe a adolescente a depressão mais facilmente visto ser vital a performance normal dos níveis de serotonina nessa altura da vida de uma mulher.

Existe uma falha ao nível da medicação, antidepressivos, que neste caso acaba por não ser a mais adequada à depressão no homem, em virtude de ter sido criada para curar os sintomas da concepção geral do que é a depressão, e já vimos que essa concepção está errada em termos gerais por não ter considerado as diferenças entre os sexos.
Os medicamentos antidepressivos são classificados como SSRI (inibidores selectivos da recaptação da serotonina) de acordo com a sigla inglesa, e basicamente aumentam o nível de serotonina, de acordo com o que já foi dito anteriormente, uma vez que ao baixar se aumenta a incidência da depressão nas mulheres.
Existem medicamentos antidepressivos que funcionam melhor em conjunto com o estrogénio, ou seja nas mulheres. Exemplos que funcionam em conjunto com o estrogénio são o Prozac, Zoloft ou Lexapro. Existem medicamentos que funcionam melhor nos homens, tendo em conta as diferenças a nível neuronal, e actuam nos sistemas correctos que estão envolvidos na depressão no homem. No homem estão envolvidos os neurotransmissores dopamina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dopamina) e norepinefrina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Norepinefrina) em vez de a serotonina como é no caso das mulheres. Como nem todos os antidepressivos são SSRI, deverá ser revista esta classificação. Exemplos de medicamentos que sejam mais eficazes nos homens são o Trofanil e o Wellbutrin que afectam os níveis de dopamina e norepinefrina respectivamente.
A comprovar a eficácia selectiva podemos ter em conta estudos que mostram que os efeitos de SSRI's em mulheres na menopausa, em que há um grande decréscimo na produção de estrogénio, são equivalentes aos dos homens, sendo que os antidepressivos eficazes nos homens são também eficazes nas mulheres em menopausa.

Resumindo e concluindo, a depressão é algo que qualquer um de nós irá certamente experimentar durante o percurso da nossa vida. Quer seja curta ou longa, quer seja na infância, na adolescência ou na menopausa, é algo comum e que deve ser compreendido e tratado sem dramas de sermos os únicos a padecer dessa enfermidade. Há que compreender o que é a depressão e os seus sintomas, tanto nos homens como nas mulheres, de forma a podermos diagnosticar mais rapidamente a doença e tratá-la como se de uma simples constipação fosse.
As nossas inseguranças por vezes encontram um caminho para nos afectar psicologicamente e deixam-nos vulneráveis a doenças como a depressão. Mas não podemos deixar que isso nos afecte de forma a que deixemos de fazer o que normalmente fazemos. Quando isso acontece deixou de ser uma simples reacção a um acontecimento na nossa vida para passar a ser uma doença, e é ai que devemos consultar um psicologo para que seja curada essa doença.
Falando na minha experiência pessoal, posso dizer que já houve uma vez que me senti realmente depressivo. Senti que ninguém gostava de mim, que isso era algo impossível, que nunca iria acontecer, sei lá tanta coisa me passou pela cabeça, coisas sem sentido mas que naquela altura faziam sentido. Era talvez uma forma de me martirizar. Fiquei basicamente na cama o dia todo durante uns dias. Vontade de fazer o que quer que seja era zero. Não sei como saí daquela fase, mas saí. Talvez tenha caído em mim e visto que nada daquela culpa que eu atribuía a mim tinha razão de ser.
A depressão não é nenhum monstro de 7 cabeças, e deve ser entendido como "normal" e devemos sempre apoiar quem precisa de apoio como é o caso quando tamos depressivos. Por vezes é bom ficar sozinhos para pensar mas fazer disso um hábito já não é saudável pois precisamos sempre do apoio das outras pessoas.
Temos de estar atentos aos sintomas da depressão nas pessoas mais próximas de nós para evitar que se torne num caso sério. Falar e questionar sobre o que se passa é uma forma de ajudarmos quem nos é próximo. Sabe sempre bem falar, desabafar, é terapêutico.
Já agora o suicídio NUNCA é a solução. A morte é o fim da linha, a dor é real, mas a dor passa, a dor cura-se, a morte não... para quem já tenha pensado nisso como uma solução, lembrem-se que por mais que pensem que a vossa morte não vai ter nenhum efeito em ninguém, terá, terá uma dor real nas pessoas mais próximas de vocês, farão mais mal do que alguma vez conseguiriam causar enquanto vivos, porque não há pior dor que a morte de alguém que nos é próximo, não há nada pior do que sentir uma parte de nós a partir, não há nada pior que sentir que podíamos ter feito algo para impedir que isso acontecesse, por mais dor que estejam a sentir, sentir é viver, a dor passa, a dor ajuda nalguns casos até, partilhem essa dor com quem mais amem, quer seja o namorado, quer seja o pai ou a mãe, quer seja com o irmão ou irmã, quer seja com o amigo ou amiga, de certeza que alguém está aí para vos consolar e para vos ajudar apesar de pensarem que não há ninguém que goste de vocês. Até pode ser um estranho, existem muitas pessoas dispostas a ajudar neste mundo, os psicologos estão aí para ajudar, peçam ajuda, não custa nada.
Quem quiser falar comigo sobre isto e outras coisas mais, pode sempre contar comigo para desabafar...